SANDA: Adaptação em Anime Ganha Abertura e Se Prepara para a Estreia

Em 2025, um dos títulos mais aguardados é a adaptação animada de SANDA, obra da mangaká Paru Itagaki, criadora do aclamado Beastars. O anime já vinha sendo alvo de expectativas desde o anúncio oficial, mas a empolgação aumentou ainda mais com a recente divulgação da abertura oficial da série.

Com estreia marcada para os dias 3 e 4 de outubro de 2025,SANDA já chega com o peso de uma obra que mistura criatividade, estranheza e crítica social — características marcantes no trabalho de Itagaki. Produzido pelo estúdio Science SARU, conhecido por sua estética fluida e experimentações narrativas, o anime promete entregar uma experiência tão ousada quanto sua premissa. A divulgação da abertura, interpretada pela cantora Yama, reforça esse tom ao mesclar energia, intensidade e uma atmosfera intrigante que dialoga diretamente com os temas centrais da trama.

Do mangá ao anime: a trajetória de SANDA

O mangá Sanda foi publicado originalmente entre julho de 2021 e julho de 2024 na revista Weekly Shōnen Champion, acumulando um total de 16 volumes encadernados. Em sua forma impressa, a obra rapidamente chamou a atenção por sua narrativa inusitada: em um futuro próximo, a taxa de natalidade no Japão entra em colapso, gerando uma crise social sem precedentes. É nesse cenário que acompanhamos Sanda Kazushige, um estudante aparentemente comum que guarda um segredo peculiar — a habilidade de se transformar em uma versão poderosa e caricata do “Papai Noel bombado”.

Embora a ideia possa soar absurda em um primeiro momento, Paru Itagaki utiliza essa premissa para construir uma história que mistura crítica social, dilemas existenciais e uma atmosfera de mistério. A relação de Sanda com sua colega de classe Shiori Fuyumura é o ponto de partida para uma narrativa que questiona normas sociais, investiga o peso da juventude em meio a crises e explora conceitos de identidade de maneira inesperada. Essa combinação de surrealismo e comentário social já é familiar aos fãs de Beastars, mas em Sanda a autora vai ainda mais fundo no bizarro, sem perder a sensibilidade.

O estúdio e a equipe criativa

A adaptação de SANDA está nas mãos do Science SARU, estúdio japonês que se consolidou nos últimos anos como um dos mais criativos e ousados da indústria. Entre suas obras estão títulos como Devilman Crybaby, Keep Your Hands Off Eizouken! e seu mais recente sucesso Dandadan e participações em antologias como Star Wars: Visions. O estúdio é conhecido por sua animação expressiva e estilizada, o que se encaixa perfeitamente com a estranheza proposital da obra de Paru Itagaki.

A direção fica a cargo de Tomohisa Shimoyama, que já trabalhou em projetos variados e tem experiência em conduzir narrativas intensas. O roteiro e a supervisão narrativa estão sob responsabilidade de Kimiko Ueno, roteirista que se destaca por equilibrar humor, drama e crítica social. O design de personagens e a direção de animação são de Masamichi Ishiyama, enquanto a trilha sonora é composta por Tomoyuki Tanaka, garantindo uma sonoridade imersiva e versátil. Esse conjunto de nomes reforça que a produção de SANDA não será apenas uma adaptação convencional, mas sim um projeto pensado para potencializar a visão única de Itagaki.

Abertura oficial: “Childlike Adults” por Yama

Um dos pontos mais comentados da divulgação recente foi a abertura oficial do anime. O tema escolhido é “Childlike Adults”, interpretado pela cantora Yama, que já é reconhecida por sua voz marcante e por sucessos que transitam entre o pop alternativo e o emocional.

O título da canção, que pode ser traduzido como “Adultos Infantis”, dialoga diretamente com os dilemas da série, as imagens mostradas no vídeo de abertura revelam fragmentos da jornada de Sanda, mesclando momentos cotidianos de escola com transformações intensas e cenas de mistério. Essa abertura já está sendo comentada não apenas pela qualidade musical, mas também pelo modo como contextualiza a atmosfera da série para os novos espectadores.

Além da abertura, também foi confirmado o tema de encerramento: “Diary”, interpretado por Soushi Sakiyama. Enquanto a abertura transmite intensidade e energia, o encerramento deve oferecer um respiro reflexivo, trazendo um contraste poético que complementa a experiência do episódio.

O que esperar da adaptação

A divulgação da abertura confirma que a adaptação de SANDA não pretende suavizar a excentricidade do mangá. Pelo contrário, tudo indica que o anime vai apostar em uma atmosfera igualmente bizarra, mas esteticamente envolvente, unindo ação, suspense e momentos de introspecção.

Fãs que já acompanharam Beastars reconhecem em Itagaki uma autora que sabe equilibrar mundos aparentemente absurdos com reflexões profundas. Se em sua obra anterior animais antropomórficos eram usados para explorar dilemas de identidade, preconceito e desejo, em SANDA o surrealismo do “Papai Noel bombado” serve como metáfora para pressões sociais, perda da inocência e a luta por autonomia em meio a um colapso demográfico.

A escolha de Science SARU como estúdio de produção reforça ainda mais esse direcionamento. Sua estética experimental e fluida deve intensificar a estranheza dos momentos mais surreais, ao mesmo tempo em que proporciona dinamismo nas sequências de ação. O resultado pode ser um anime que desafia convenções visuais e narrativas, assim como já aconteceu com Devilman Crybaby anos atrás.

Com estreia marcada para outubro de 2025, SANDA promete ser uma das séries mais comentadas da temporada. A recente divulgação da abertura “Childlike Adults”, interpretada por Yama, elevou ainda mais as expectativas, mostrando que a produção está preocupada em capturar a essência única da obra de Paru Itagaki.

Entre surrealismo, crítica social e uma atmosfera que mistura melancolia e ação, o anime deve entregar uma experiência única para o público. A distribuição global pelo Amazon Prime Video garante que fãs ao redor do mundo poderão acompanhar cada episódio simultaneamente, ampliando o alcance da série desde o início.

Seja pela bizarrice divertida de um protagonista que se transforma em “Papai Noel bombado” ou pelas reflexões profundas sobre juventude, identidade e futuro da sociedade, SANDA já se apresenta como um dos títulos mais originais do ano. E com a abertura recém-divulgada, fica claro que este é um anime que não apenas se prepara para a estreia, mas que já começou a marcar presença no cenário cultural otaku.